Uma igreja saudável

Começa um novo ano e as pessoas estão fazendo suas resoluções para melhorarem suas vidas. Muitos se propõe a ter uma vida mais saudável, ler a bíblia completa, mudar de emprego, enfim. Imagine que as igrejas também pudessem ser mais saudáveis, retirando tudo aquilo que temos feito que não contribui muito para o relacionamento de seus membros com Deus.

O pastor americano Mark Dever escreveu um sermão, que se tornou livro e agora um ministério, que auxilia as igrejas a procurarem observar algumas práticas que podem manter o corpo de Cristo em maior harmonia com a palavra de Deus.

Ele escreveu as nove marcas de uma igreja saudável onde veremos como alguns cuidados com a doutrina bíblica podem nos manter dentro do alvo que é fazer a vontade de Deus. Como o autor mesmo afirma existem outras marcas, e que as escolhidas foram aquelas que o levaram a deter maior atenção.

Antes de começarmos veremos um texto importante que ressalta que não importa o tamanho da igreja, ela sempre será cuidada por Deus que as manterá firme até sua volta triunfante:

1:4. Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que lhes foi dada por ele em Cristo Jesus.5. Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento,6. porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês,7. de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado.8. Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.9. Fiel é Deus, o qual os chamou à comunhão com seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. 1Co 1:4-9

O texto fala de uma igreja que tinha todos os dons e que mesmo assim não deixou de ser uma igreja, que precisava de ajustes de conduta quando à estudamos profundamente. Ressalta ainda que um dos motivos dela existir é para que houvesse comunhão com Jesus Cristo (Cabeça) que levaria a comunhão com os membros (crentes).

Quais seriam então as marcas que levariam nossas igrejas atuais a manter essa comunhão com Deus e ser mais saudáveis. Veremos de forma resumida quatro marcas essa semana e as demais na seguinte:

“As primeiras cinco marcas estão relacionadas à pregação da palavras. Segundo o autor, pregar expositivamente evita tornarmos nossa a palavra que é de Deus. A marca 1 É uma defesa da primazia da pregação expositiva como um reflexo da centralidade da Palavra de Deus. Para o autor Ela nos apresenta as promessas de Deus — desde as promessas individuais, em toda a Bíblia, até à grande promessa, a grande esperança, o grande objeto de nossa fé, o próprio Senhor Jesus. A Palavra nos apresenta aquilo em que devemos crer.

marca 2 considera a estrutura desta mensagem: a teologia bíblica. Temos de entender a verdade de Deus como um todo coerente, que vem até nós, primeira e primordialmente, como uma revelação dEle mesmo. Questões a respeito de quem e como Deus é nunca podem ser consideradas irrelevantes aos assuntos práticos da vida. “Entendimentos diferentes a respeito de Deus nos levarão a adorá-Lo de maneiras diferentes; e, se alguns desses entendimentos estiverem errados, algumas das maneiras como nos achegamos a Ele também serão erradas. Afinal de contas, este é o maior tema da Bíblia, ainda que seja tão negligenciado nestes dias.”

Na marca 3, consideramos o âmago da mensagem do cristianismo, enquanto procuramos um entendimento bíblico do evangelho. Quantas outras mensagens as igrejas estão pregando como sendo as boas novas salvadoras de Jesus Cristo? Apesar disso, quanto discernimento”“temos exercido na maneira como entendemos o evangelho, como o ensinamos e como preparamos outros para conhecê-lo? A nossa mensagem, embora entremeada com piedade cristã, é basicamente uma mensagem de auto-salvação ou ela contém algo mais? O nosso evangelho consiste tão-somente de verdades éticas universais oportunas aos nossos dias ou tem como seu fundamento os atos salvadores realizados, de modo definitivo, por Deus em Cristo?

Isso nos leva à recepção da mensagem — a marca 4: um entendimento bíblico da conversão. Uma das tarefas mais dolorosas com que os pregadores se deparam é reparar os danos causados nos falsos convertidos, os quais têm sido imediata e imprudentemente assegurados de que são verdadeiros crentes. Esta atividade de aparência caridosa pode conduzir a explosões de entusiasmo, envolvimento e interesse. Mas, se uma conversão aparente não resulta em vida transformada, então, começamos a nos admirar da crueldade inconsciente de convencer tais pessoas de que, por haverem feito uma oração, elas já experimentaram toda a esperança que Deus tem para elas nesta vida. “Se isso falhou”, podemos levá-las a pensar, “então, o cristianismo não tem mais nada a oferecer-me”. “Precisamos de igrejas que entendam e ensinem o que a Bíblia diz a respeito da conversão””

Trecho de: Dever, Mark. “Nove Marcas de uma Igreja Saudável.” Editora Fiel (www.editorafiel.com.br). iBooks. páginas 55-57.

Pr. Marcelo Ribeiro

ESBOÇO da Mensagem – Ministrada em 08.01.19 | PIB Tabapuá – TB 1Co 1:4-9 NVI