Uma Igreja Saudável II

Continuando nossa breve explanação sobre as marcas da igreja saudável, veremos que nossa compreensão sobre as doutrinas básicas de nossa fé, deve acompanhar nossa jornada de santificação. O Cristão que se acomodou a um conhecimento superficial de sua fé provavelmente não está vivenciando a vida abundante anunciada por Jesus em João 10:10. Em vim para tenha vida e a tenha com abundância…

A marca 5 apresenta o entendimento bíblico da evangelização. Se em nossa evangelização expressamos de modo implícito a idéia de que tornar-se um cristão é algo que nós mesmos podemos fazer, acabamos por transmitir um entendimento desastrosamente errôneo a respeito do evangelho e da conversão. “Broadus entendeu que, em nossa evangelização, temos de ser cooperadores com o Espírito Santo, apresentando o evangelho e dependendo do Espírito de Deus para realizar a verdadeira persuasão, o verdadeiro convencimento e a verdadeira conversão. As nossas igrejas e a nossa própria evangelização estão em harmonia com esta grande verdade?”

O outro grupo de problemas nas igrejas contemporâneas está relacionado à administração correta dos limites e das características que identificam os cristãos. Generalizando, são problemas vinculados à liderança dos discípulos.

Na marca 6, “Vemos que temos que ter um entendimento bíblico da membresia na igreja. Neste último século, todos os cristãos ignoraram o ensino referente à natureza corporativa do seguir a Cristo. Nossas igrejas estão mergulhadas em narcisismo egoísta, hiper-individualismo camuflado superficialmente em todas as coisas, desde os “inventários dos dons espirituais” até às “igrejas que têm como alvo certo grupo de pessoas” e que “não são para todos”. Quando lemos 1 João ou mesmo o evangelho de João, começamos a perceber que Jesus nunca tencionou que fôssemos cristãos sozinhos e que nosso amor pelos outros, não somente pelos que são semelhantes a nós, é um indicativo de que amamos verdadeiramente a Deus”. A falta de compromisso com a igreja é um demonstração da falta de compromisso com Deus. “Em nossas igrejas, existem também problemas relacionados até com a definição básica do que significa ser um discípulo de Cristo.

Portanto, na marca 7 vemos que um entendimento bíblico a respeito da disciplina na igreja ajuda o problema atual de falta de respeito pelas autoridades. “Há comportamentos que a igreja não deve tolerar? Em nossas igrejas, há ensinos inaceitáveis? As nossas igrejas revelam uma preocupação por outras coisas que não sejam apenas sua própria sobrevivência”. abaixo vemos um dos textos que a bíblia aconselha como usarmos a disciplina bíblica.

Mateus 18:15. “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão.16. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’.17. Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano.

Na marca 8, “vemos a importância do discipulado e o crescimento cristão. A evangelização que não resulta em discipulado é não somente evangelização incompleta, mas também é completamente inconcebível. A nossa necessidade não é evangelizar mais, e sim fazê-lo de um modo diferente. Não precisamos apenas dizer às pessoas que continuem vindo à igreja, depois que oramos com elas; precisamos dizer-lhes que calculem o preço, antes de fazerem aquela oração!”

Por fim, na marca 9 vemos que precisamos redescobrir, em nossas igrejas, o entendimento bíblico referente à liderança eclesiástica. A liderança eclesiástica não deve ser assumida como uma resposta aos dons ou posição seculares, aos relacionamentos familiares ou como um reconhecimento da amplitude do serviço na igreja. A liderança da igreja deve ser confiada àqueles que parecem evidenciar, em sua própria vida, e são capazes de promover, na vida da igreja como um todo, a obra santificadora e edificante do Espírito Santo.

“O objetivo e propósito de tudo isto é a glória de Deus, à medida que O tornamos conhecido. Durante toda a história, Deus tem desejado tornar-se conhecido. Esta foi a razão por que Ele libertou a Israel do Egito, no êxodo, e por que os libertou novamente do exílio na Babilônia.”

Trecho de: Dever, Mark. “Nove Marcas de uma Igreja Saudável.” Editora Fiel (www.editorafiel.com.br). iBooks.

Encerramos com o texto da epístola de Pedro, que  traduz com excelência os desafios e os benefícios de ser igreja.

1 Pedro 3:8-18. Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes.9. Não retribuam mal com mal nem insulto com insulto; pelo contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança.10. Pois, “quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade.11. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.12. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal”.13. Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem?14. Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. “Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados. “15. Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.16. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.17. É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.18. Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito,

Pr. Marcelo Ribeiro

ESBOÇO da Mensagem – Ministrada em 13.01.19 | PIB Tabapuá – TB 1Pe 3:8-18 NVI

POR QUE PRECISAMOS DE DISCIPLINA

Encerrando a 2ª carta aos Tessalonicenses, podemos notar que mesmo sendo uma igreja muita estimada pelo amor à obra, existiam pessoas problemáticas na igreja. Isso reforça a ideia de que não existe igreja perfeita e a necessidade de disciplina para manter a ordem. Assim como uma criança precisa de correção para se tornar um adulto melhor. A igreja que não usa dessa ferramenta pode gerar cristãos preguiçosos e péssimos cidadãos. Veremos portanto porque precisamos de disciplina na igreja:

  1. Porque somos fracos – Vs. 1 e 2, Paulo nunca se esquece de pedir oração por ele mesmo, pois sabia que seu corpo em algum momento, sem essa cobertura espiritual poderia fraquejar. Ele sabia que se tivesse como apoio a oração seria mais fácil enfrentar as investidas do inimigo. Sabia Também que a rapidez da divulgação da mensagem e a sua segurança dependia dessas orações. Outro fato mencionado no verso 2, afirma que o fato da fé não ser de todos, poderia desanimar alguns cristãos dedicados pela falta de reverência e compromisso de alguns membros;
  2. Para que entendamos que tudo vem dele – Vs. 3-5, Perceba, é Deus quem fortalece, guarda, mantém e conduz. Fortalece e guarda diante do Maligno, um pai que antes que seu filho se levante da queda aguarda sua iniciativa diante dela. Paulo expressa sua confiança em Deus para manter a constância daqueles irmãos quando afirma: devem fazer e continuar fazendo. Por último ele Conduz ao amor e perseverança, essa última capaz de nos fazer ter paciência com situações e pessoas.
  3. Para que valorizemos nosso chamado – Vs. 6-12, O chamado de Deus é para quem trabalha, não fica esperando as coisas caírem do céu.Conforme essa passagem existiam pessoas que não trabalham e ainda atrapalhavam aqueles que faziam aquela igreja ser tão relevante. O afastamento do membro com acompanhamento, o fará perceber o quanto ele precisa ser grato por fazer parte da família de Deus.
  4. Para que sejamos mais compreensivos – Vs. 13-18, Alguns podem entender errado quando toleramos alguns irmãos mais problemáticos. Assim como o pai dar mais atenção aquele filho mais indisciplinado, porque percebe alguma barreira de rejeição, assim devemos tratar como alguém que precisa de ajuda mais do que os outros. Caso consiga trazer esse irmão de volta, sua vida e testemunho poderão trazer outros com problemas talvez menores. -Ora se Deus transformou aquele servo problemático, porque não pode fazer isso comigo!

A disciplina nos ajuda a crescer na fé em Cristo com qualidade e reconhecendo nossas fraquezas.

Pr. Marcelo Ribeiro

ESBOÇO da Mensagem – Ministrada em 30.07 – PIB Tabapuá (2Ts 3:1-18 NVI)